Distância

Nossa.. quanto tempo! Pior do que voltar a escrever é voltar com uma vontade louca de desabafar, e ainda pior, pra falar algo do qual eu definitivamente NÃO adoro. Eu me pergunto pra que diabos serve a distância.. simplesmente não consigo trazer pra minha vida essa máxima de que "quando se ama, a distância não existe".. ela na verdade só vem pra complicar tudo.
Sabe quando a vida consegue ser muito boa e muito confusa ao mesmo tempo? Como é difícil viver!

E com a sua licença ,Chico Buarque: Você que inventou a distância, ora tenha a fineza de desinventar!

Malas prontas

Mala de viagem Louis Vuitton. Fonte: Harper's Bazaar

Fazer as malas é padecer no paraíso. Primeiro, vem a expectativa da grande viagem - seja ela para um município próximo ou aquela tão sonhada viagem para outro país - e depois seguem-se os longos dias projetando looks e combinando a maquiagem certa. Compras de última hora, listas(não esquecer o algodão em bolinhas!),tudo jogado em cima da cama, 1ª triagem, 2ª triagem(na qual não se compreende o por quê de não levar aquele casaco amarelo polar para o calor de 4oº do nordeste, afinal pode chover...) e aí vem a hora do perigo: senta em cima,empurra e enfim se consegue fechá-la. Por fim faz-se o check-in e a vitória contra a balança é comemorada com um bom café à espera do embarque. Por quê cá entre nós: esquecer o passaporte até vai, mas deixar pra trás aquele vestido preto em que você fica translumbrante, isso ninguém merece.

Bahia

"Um velho calção de banho
O dia pra vadiar...
Um mar que não tem tamanho
E um arco-íris no ar."
(Vinícius de Morais - Tarde em Itapuã)


Que me perdoe meu gingado carioca, mas o que é que a Bahia tem? Por quê, quando penso nela, fico viajando e lembrando daquela "coisa", de um "it" inexplicável que meu coração sente quando apareço por lá? Será o cheiro do dendê? Será o jeito carinhoso daquele povo? Não sei, e também nem quero saber visto que, como em toda grande paixão, o encanto se perderia ao revelarem-se todos os segredos.

A Bahia me adora, a Bahia hoje me chamou.

Axé!

Vermelho

Na foto: Chicão

Danuza Leão, na edição deste mês da revista Cláudia, escreveu uma interessantíssima crônica sobre os cheiros. Cheiros que nos trazem lembranças de situações, coisas e pessoas. Paralelo a isso, percebi que poderia começar meu blog falando de algo que também me traz esse tipo de lembrança e me desperta sentimentos inusitados.. algo que eu obviamente adoro: o Vermelho.
Sim, eu sei que o inverno está chegando e o vermelho vem como o rosa pink dessa estação, mas não é só isso. Feche os olhos. Imagine algo vermelho. Sem dúvida alguma você imaginou um coração! É isso, Vermelho lembra coração, coração lembra romance, e o amor aí aparece.
Vermelho é força, ousadia, sensualidade, é a cor do sangue, da morte. Eu adoro o Vermelho porque ele é paradoxal - vai do amor à guerra sem pestanejar. Vermelho lembra flores vermelhas no dia dos namorados e velas acesas pra São Jorge.
Mas, acima de tudo, Vermelho me traz saudade. Dona Angela amava o Vermelho também.


"Os cheiros" por Danuza Leão:

http://claudia.abril.com.br/materias/4099/?pagina1&sh=25&cnl=4&sc=